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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, embora não tenha podido comparecer pessoalmente à cúpula do Brics realizada na Rússia, participou do evento por meio de videoconferência. Em seu discurso, Lula enfatizou a necessidade de o bloco se mobilizar contra a escalada da violência no Oriente Médio, além de destacar a importância de iniciar negociações de paz no conflito entre Rússia e Ucrânia. “No momento em que enfrentamos duas guerras com potencial de se tornarem globais, é fundamental resgatar a nossa capacidade de trabalhar juntos em prol de objetivos comuns”, afirmou.

Lula também reiterou a responsabilidade dos países ricos na crise climática, abordando a urgência de ações concretas em prol da sustentabilidade. Durante a cúpula, foi aprovada a Declaração de Kazan, que formalizou a criação da categoria de países parceiros, convidando 13 novas nações, entre elas Argélia, Bolívia, Indonésia e Vietnã, a se juntarem ao bloco.

Os membros atuais do Brics discutiram a adesão formal de 33 países, embora o Brasil tenha afirmado não ter patrocinado nem vetado novas adesões. O chanceler Mauro Vieira foi questionado sobre a posição do Brasil em relação à Venezuela e esclareceu que a discussão girou em torno dos critérios e princípios que orientarão a ampliação do Brics. “Quanto à lista de países, será decidido daqui para frente”, disse Vieira.

Além disso, o chanceler negou que a expansão do Brics tenha conferido ao grupo um caráter antiocidental, afirmando que “o Brasil, até onde sei, é um país do Ocidente”. Ele destacou a visão negativa que, segundo ele, persiste nos Estados Unidos e na Europa, que veem o Brics como uma contraposição à ordem mundial vigente. No entanto, Vieira ressaltou que o Brasil concorda com parte da agenda do bloco, especialmente em relação à reforma do Conselho de Segurança da ONU.

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