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A quatro dias do segundo turno das eleições em São Paulo, a pesquisa divulgada pela Quaest nesta quarta-feira mantém o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), à frente de seu adversário, Guilherme Boulos (PSOL). No entanto, a sondagem aponta uma leve queda na intenção de votos para Nunes, que oscilou de 45% para 44%, enquanto Boulos subiu de 33% para 35%. Com isso, a vantagem do prefeito caiu de 12 para 9 pontos percentuais.

A pesquisa revela que Boulos conquistou apoio significativo entre os eleitores que votaram em Tabata Amaral (PSB), aumentando sua adesão de 54% para 62%. Por outro lado, Nunes ganhou força entre os que optaram por Pablo Marçal (PRTB), subindo de 74% para 79%. A margem de erro é de três pontos percentuais, o que coloca o candidato do PSOL em uma posição competitiva, especialmente entre os eleitores afetados por apagões recentes, onde ambos aparecem tecnicamente empatados: Nunes com 40% e Boulos com 39%.

Em um movimento estratégico, Boulos aceitou um convite de Marçal para uma sabatina em suas redes sociais, marcada para hoje. A participação de Nunes foi descartada, o que levanta questionamentos sobre sua abordagem em relação ao terceiro colocado. Ricardo Mello Araújo (PL), vice na chapa de Nunes, provocou Marçal em suas redes sociais, insinuando que ele estaria “desempregado” e sugerindo que concluísse suas obras na África.

O cenário é ainda mais complexo com o contexto do apagão, que voltou a afetar cerca de 60 mil pessoas ontem. Durante uma sabatina da Veja, Nunes não hesitou em criticar o governo federal, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Enel, apontando o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, como seu principal alvo. “Agora virou uma guerra. É a cidade de São Paulo e o povo de São Paulo contra o ministro e contra a Aneel”, afirmou Nunes.

Boulos, embora convidado para a mesma sabatina, optou por não participar. A polarização ideológica entre esquerda e direita, evidenciada nas críticas ao capitalismo, também permeia o debate. Enquanto a esquerda vê o sistema como uma máquina de opressão, muitos cidadãos o encaram como uma oportunidade de crescimento. Essa discordância radical tem contribuído para o clima tenso que envolve a disputa eleitoral em São Paulo.

 

 

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