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A pressão exercida pelos Estados Unidos nas últimas semanas resultou em um avanço significativo nas negociações de paz entre Ucrânia e Rússia. Após mais de oito horas de diálogos intensos entre autoridades dos dois países, realizadas na Arábia Saudita, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou que aceitava a proposta americana de um cessar-fogo de 30 dias. “A Ucrânia aceita essa proposta, nós a consideramos positiva, estamos prontos para dar esse passo, e os EUA devem convencer a Rússia a fazê-lo”, afirmou Zelensky. Ele ressaltou, no entanto, que o cessar-fogo só terá início quando Moscou concordar com os termos.

Após o encontro, o governo dos Estados Unidos se comprometeu a retomar imediatamente a assistência de segurança à Ucrânia e suspender a pausa no compartilhamento de inteligência, uma medida que havia sido bloqueada na semana anterior. Uma declaração conjunta entre Kiev e Washington indicou que o cessar-fogo poderia ser estendido caso houvesse um acordo mútuo, mas deixou claro que a implementação simultânea da medida pela Rússia era essencial para o sucesso do processo.

Em meio a essas movimentações diplomáticas, o presidente dos EUA, Donald Trump, se pronunciou durante um evento na Casa Branca, aproveitando a oportunidade para promover os veículos Tesla de Elon Musk. Trump expressou otimismo sobre a possibilidade de a Rússia aceitar o cessar-fogo, afirmando que “é preciso dois para dançar tango”. Em Jeddah, o secretário de Estado Marco Rubio enfatizou que agora caberia à Rússia aceitar os termos propostos para que as negociações pudessem avançar de forma concreta, com o objetivo de pôr fim à guerra.

No campo das análises políticas, o especialista David E. Sanger destacou que, em apenas 50 dias, a administração de Trump conseguiu alterar significativamente as dinâmicas do sistema internacional construído pelos Estados Unidos ao longo de 80 anos. Em sua avaliação, as ações de Trump sugerem uma aproximação com o mundo das grandes potências do século 19, onde líderes como ele, o presidente russo Vladimir Putin e o presidente chinês Xi Jinping negociam diretamente, deixando que países menores se alinhem conforme seus interesses.

Além disso, os Estados Unidos e a Ucrânia concordaram em acelerar a conclusão de um acordo sobre minerais raros, uma parceria estratégica que poderá impactar significativamente as economias globais e a dinâmica do mercado de recursos naturais. As negociações continuam, com o futuro da paz na região dependendo da aceitação de Moscou aos termos propostos.

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