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A crise entre a Casa Branca e o governo da Califórnia ganhou novos contornos nesta segunda-feira, após o presidente Donald Trump autorizar o envio de pelo menos 700 fuzileiros navais da ativa para reforçar a repressão aos protestos contra sua política migratória em Los Angeles. A decisão vem dias depois do deslocamento de dois mil homens da Guarda Nacional, já posicionados na cidade para conter manifestações.

Os marines terão como principal missão proteger prédios públicos e agentes federais que atuam diretamente na repressão aos protestos, que, pelo quarto dia consecutivo, tomam as ruas da maior cidade californiana. A mobilização militar, inédita em termos de escala nos últimos anos, intensificou o confronto político entre Washington e Sacramento.

O governador democrata da Califórnia, Gavin Newsom, anunciou que processará Trump por abuso de poder e acusou o presidente de “flertar com o autoritarismo”. Segundo aliados, Newsom considera a atuação federal como uma afronta à autonomia do estado e uma escalada desproporcional diante de protestos majoritariamente pacíficos. Em resposta, a Casa Branca tem feito ameaças veladas de prisão ao governador, o que acirrou ainda mais os ânimos entre os dois lados.

As manifestações começaram após uma série de prisões de trabalhadores imigrantes por agentes da polícia migratória sob ordens do governo Trump. Até o momento, mais de 150 pessoas foram detidas, entre elas o conhecido líder sindical David Huerta. A repressão provocou indignação e gerou uma onda de solidariedade em outras cidades americanas, que também registraram atos em apoio aos protestos em Los Angeles.

A intervenção militar na Califórnia reacende o debate sobre os limites do poder federal nos estados e coloca Trump, mais uma vez, no centro de uma crise institucional com possíveis repercussões jurídicas e políticas em ano eleitoral.

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