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Em seus primeiros dias no poder, Donald Trump enfrentou ontem seu primeiro revés judicial. O juiz John Coughenour, da Justiça Federal de Seattle, emitiu uma ordem de restrição temporária contra o decreto executivo assinado pelo presidente, que visava anular o direito à cidadania americana para crianças nascidas no país. A medida, que impunha que filhos de imigrantes ilegais ou com vistos temporários, como turistas, estudantes e trabalhadores temporários, não nascessem cidadãos americanos, foi considerada “flagrantemente inconstitucional” pelo magistrado. Coughenour atendeu ao pedido do procurador-geral do estado de Washington, Nick Brown, e de outros três estados, que pediram a suspensão da medida por 14 dias. Os democratas criticaram a proposta, afirmando que ela violava a 14ª Emenda da Constituição dos EUA, que garante a cidadania a todas as crianças nascidas em solo americano. A Casa Branca já sinalizou que recorrerá da decisão, o que pode levar o caso à Suprema Corte.

Em meio a esse revés jurídico, Trump causou surpresa no Fórum Econômico de Davos, na Suíça, ao afirmar, em discurso por vídeo, que exigirá a imediata redução das taxas de juros nos Estados Unidos. De acordo com o presidente, a taxa de juros é responsável por aprofundar os déficits e causar a “calamidade econômica” do governo de Joe Biden. A declaração gerou apreensão, já que a pressão de Trump sobre o Federal Reserve (Fed) questiona a independência da principal instituição monetária do país, algo considerado um pilar da economia americana.

Além disso, Trump anunciou que vai revogar o sigilo dos documentos oficiais sobre os assassinatos do líder do movimento de direitos civis Martin Luther King Jr., do ex-presidente John Kennedy e de seu irmão, o senador Robert Kennedy. O presidente garantiu que “tudo será revelado” e determinou que o Departamento de Justiça e os serviços de inteligência apresentem planos para a liberação dos documentos relacionados ao assassinato de Kennedy em 15 dias. No caso dos assassinatos de King e Robert Kennedy, a liberação dos documentos deverá ocorrer em 45 dias.

Enquanto Trump enfrenta desafios internos e externos, o ex-prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, anunciou que irá levantar fundos para financiar as iniciativas da ONU para o combate às mudanças climáticas, que foram abandonadas durante o mandato de Trump. A atitude de Bloomberg representa um contraste com a postura do presidente, que se retirou do Acordo de Paris e minimizou a importância das ações globais contra as mudanças climáticas.

Esses acontecimentos marcam uma fase tensa e repleta de controvérsias no início do segundo mandato de Trump, com reações intensas tanto dentro quanto fora dos Estados Unidos.

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