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Em um marco diplomático sem precedentes nas últimas duas décadas, os líderes dos Estados Unidos e da Síria se reuniram cara a cara pela primeira vez em 25 anos. O encontro ocorreu na Arábia Saudita, durante uma visita oficial do ex-presidente americano Donald Trump, e contou com a presença do presidente interino sírio, Ahmad al-Sharaa, figura central na deposição do ex-ditador Bashar al-Assad no final do ano passado.

Trump elogiou abertamente al-Sharaa, descrevendo-o como um “cara durão” e um “lutador“, apesar do histórico controverso do sírio, que inclui vínculos com a al-Qaeda e uma passagem pelas mãos das tropas americanas, que o mantiveram preso no passado. Em nenhum momento, Trump mencionou esse passado durante a reunião.

Durante a conversa, Trump instou o novo governo sírio a normalizar as relações com Israel e a expulsar grupos terroristas estrangeiros ainda ativos no território sírio. O ex-presidente também sinalizou que os Estados Unidos estariam abertos a apoiar a reintegração diplomática da Síria à comunidade internacional, desde que medidas concretas de segurança e estabilidade sejam adotadas.

A iniciativa é vista como parte do esforço do novo governo de Damasco para romper o isolamento internacional imposto durante os anos de domínio do clã Assad, marcado por repressão, guerra civil e violações de direitos humanos. Desde a queda de Assad, o governo interino tenta se reaproximar do Ocidente e conquistar reconhecimento político e econômico.

O encontro foi recebido com cautela por analistas internacionais, que destacam tanto o simbolismo do gesto quanto as complexas implicações geopolíticas de uma reaproximação entre Síria e Estados Unidos.

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