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A Suprema Corte da Argentina confirmou nesta terça-feira (11) a condenação da ex-presidente Cristina Kirchner a seis anos de prisão por corrupção, encerrando todas as possibilidades de recurso da defesa. A decisão unânime abre caminho para que Cristina, que já havia sido condenada em duas instâncias, possa ser presa a qualquer momento.

A ex-presidente foi considerada culpada por fraude ao Estado em um esquema que favoreceu o empresário Lázaro Báez em 51 licitações de obras públicas na província de Santa Cruz, reduto político do kirchnerismo. A Justiça concluiu que Cristina usou sua posição para beneficiar Báez — aliado próximo e ex-funcionário de banco — que, ao longo dos anos, acumulou patrimônio bilionário, incluindo 41 estâncias e cerca de 600 mil hectares de terra.

Mesmo com protestos de apoiadores em frente à sede da Corte, os juízes mantiveram a decisão, consolidando o fim do processo judicial. Em meio à repercussão, o presidente Javier Milei, em visita oficial a Israel, comemorou a sentença nas redes sociais com uma breve mensagem: “Justicia. Fin.”, publicada em sua conta no X (antigo Twitter).

Cristina Kirchner, que ocupou a presidência entre 2007 e 2015 e foi vice-presidente até dezembro de 2023, nega as acusações e afirma ser vítima de perseguição judicial. Apesar da condenação, ainda não há data oficial para o cumprimento da pena. Especialistas apontam que, por ter mais de 70 anos e condições de saúde a considerar, ela pode cumprir parte da pena em prisão domiciliar.

O caso representa um marco na política argentina e sinaliza o avanço das investigações contra corrupção envolvendo figuras centrais do peronismo. A decisão também repercute fortemente no cenário político nacional, onde Cristina ainda mantém influência considerável entre eleitores e aliados.

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