Polícia Federal Prende Terceiro Suspeito em Caso de Invasão ao Siafi, Causando Prejuízo de R$ 15 Milhões

Na sexta-feira (23), a Polícia Federal prendeu um terceiro suspeito envolvido na invasão ao Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), registrado em abril deste ano. O suspeito foi detido em Vitória da Conquista, na Bahia. Esta prisão segue a captura de dois outros acusados, que ocorreram na última quarta-feira (21) em Minas Gerais e no Rio de Janeiro.

Além das três prisões, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão em diversos estados, incluindo Minas Gerais, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e o Distrito Federal. A invasão ao Siafi, que gerou um prejuízo estimado em R$ 15 milhões, revelou operações irregulares e tentou desviar mais de R$ 50 milhões. Até o momento, foram recuperados R$ 2,5 milhões.

A investigação da Polícia Federal identificou que ao menos 16 senhas de servidores foram usadas indevidamente para acessar a plataforma de pagamentos do governo. Mais de 200 credores foram alvos de tentativas de pagamentos fraudulentos. O ataque ao sistema envolveu uma brecha na autenticação, permitindo que os invasores utilizassem cadastros de usuários reais para realizar operações fraudulentas.

Sobre o Siafi

O Siafi é um sistema de informações criado para o acompanhamento das finanças públicas do governo federal. Implantado em 1987, o Siafi é crucial para o controle e monitoramento da execução orçamentária, financeira e patrimonial do governo. Ele registra todas as saídas de dinheiro do governo, detalhando a aplicação e a origem dos recursos.

Gerido pelo Tesouro Nacional, o Siafi também fornece informações sobre autarquias, fundações, empresas públicas federais e sociedades de economia mista que fazem parte do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social da União. Centralizado em Brasília, o sistema é conectado a órgãos do governo federal através de teleprocessamento, permitindo a transmissão de dados para uma central que processa as informações remotamente.

A invasão ao Siafi destaca a necessidade urgente de reforçar a segurança cibernética e proteger sistemas críticos de gestão financeira. A continuidade das investigações e o monitoramento dos impactos da invasão serão essenciais para evitar futuros ataques e garantir a integridade dos sistemas governamentais.