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A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o deputado Gilvan da Federal (PL-ES) por injúria contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após o congressista se referir ao chefe do Executivo como “ex-presidiário”, “ladrão” e “corrupto” durante um evento que defendia o armamento da população. A denúncia, assinada pelo vice-procurador-geral da República Hindenburgo Chateaubriand Filho, foi enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (4), sob a relatoria do ministro Luiz Fux.

Segundo a PGR, as ofensas proferidas por Gilvan não estão protegidas pela imunidade parlamentar, que garante aos congressistas o direito de se expressarem sem serem processados. A PGR argumentou que as declarações do deputado extrapolaram os limites aceitáveis do embate político-partidário, evidenciando uma clara intenção de ofender a honra de Lula.

A pena máxima para o crime é inferior a dois anos, e, por isso, a PGR propôs um acordo com o parlamentar, que incluiria o pagamento de uma multa em troca do arquivamento do processo. A defesa do deputado ainda não se manifestou.

Sem Indiciamento

A Polícia Federal (PF) concluiu a investigação em maio sem indiciar Gilvan ou atribuir a ele qualquer crime. Em seu depoimento, o deputado alegou que não tinha a intenção de atacar a honra do presidente e que suas declarações se enquadravam na imunidade parlamentar. Ele reiterou sua posição sobre a condenação de Lula, afirmando que o presidente não foi inocentado, mas sim “descondenado”.

A investigação foi aberta em fevereiro, a partir de uma representação feita pelo então ministro da Justiça, Flávio Dino. As declarações de Gilvan foram feitas em julho de 2023 durante uma manifestação do Movimento Pró-Armas, e foram registradas em vídeo publicado em suas redes sociais.

Além de criticar Lula, o deputado também fez comentários desfavoráveis sobre o ex-ministro da Justiça, sugerindo que ele não representa a Polícia Federal nem o povo brasileiro.

A proposta de acordo da PGR e a ausência de indiciamento levantam questões sobre os limites da liberdade de expressão no contexto político, especialmente em um ambiente polarizado como o atual.

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