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O artista baiano Oh Polêmico, conhecido por suas músicas irreverentes e letras carregadas de duplo sentido, lançou sua mais nova faixa, “Em Qualquer Lugar”, em parceria com o DJ Buarque. A música, que mistura elementos do pagode com o funk, marca uma nova fase na carreira do cantor, apostando em uma abordagem mais leve, mas sem perder a essência provocativa que o consagrou.

Com 26 anos e nome de batismo Deivison Nascimento Santos, Oh Polêmico estourou nacionalmente em 2022 com sucessos como “Deixa Eu Botar o Meu Boneco”, “Samba do Polly” e “Pitbull Enraivado”. Seus hits, embora distantes dos palcos infantis, conquistaram o público das festas populares e dos paredões pelo Brasil. Agora, o artista inicia um movimento de “limpeza do repertório”, com o objetivo de alcançar um público mais amplo, incluindo os fãs mirins, que vêm crescendo com sua popularidade.

“Estou nessa vertente do duplo sentido mais light. Essa é a nova roupagem do Polly”, explica o cantor, que reconhece o peso do preconceito contra o estilo que representa. “A sociedade ainda é muito conservadora. Quando a gente lança uma música, sempre tem debate: uns acham pesada, outros acham que toca. Mas sigo fazendo o que acredito”, acrescenta.

A música “Em Qualquer Lugar” segue a tradição do pagode baiano de brincar com a ambiguidade e o erotismo velado — uma herança de canções que marcaram gerações, como “Boquinha da Garrafa” e “Segura o Tchan”, mas que, ao longo dos anos, passaram a ser rotuladas como “proibidão”. Para Oh Polêmico, o objetivo é manter a malícia com mais sutileza, sem deixar de se comunicar com seu público.

A força do TikTok

O cantor reconhece o papel das redes sociais, especialmente o TikTok, na projeção de sua carreira.

“Todas as minhas músicas viralizam primeiro por lá. A coreografia puxa o meme, que puxa o compartilhamento, e quando vejo, já estão tocando em todo lugar”, conta.

Foi assim com “Samba do Polly”, música que ultrapassou fronteiras e caiu nas graças de Kwon Min-Sung, jovem coreano que viralizou dançando pagode nas redes. A conexão rendeu frutos: Min-Sung veio ao Brasil, conheceu Salvador e chegou a estrelar campanhas publicitárias ao lado do cantor. A amizade continua firme.

“Falo com ele até hoje. Ele sempre diz: ‘amigo, você é uma estrela’. Quero trazê-lo de volta no Carnaval de 2026”, revela, bem-humorado.

Com ou sem coreano, Oh Polêmico segue firme no propósito de fazer a galera dançar. Seja no pagode, funk ou trap, o cantor baiano representa uma geração que busca diversão, ritmo e ousadia, e não se intimida com o conservadorismo que ainda cerca parte da indústria musical.

“Eu canto o que o meu público quer ouvir”, resume. E, pelo visto, a pista — e o TikTok — continuam abertos para ele.

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