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Líderes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) acusam o Ministério do Desenvolvimento Agrário de divulgar informações distorcidas sobre a reforma agrária no país. Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, o movimento afirma que o ministro Paulo Teixeira tem anunciado como entregues áreas que ainda não foram devidamente desapropriadas pela Justiça, inflando os dados de novos assentamentos rurais.

De acordo com os representantes do MST, a prática estaria sendo usada apenas para fins de divulgação institucional, sem impacto real na vida das famílias acampadas. A crítica atinge diretamente a condução da política agrária do governo federal, que, segundo o movimento, não avançou de forma concreta na destinação de terras para fins de reforma agrária.

Em resposta à reportagem, o ministério afirmou que atua com “transparência inédita” e que considera entregues as áreas que já passaram por análise técnica e tiveram recursos empenhados para desapropriação. Mesmo assim, o MST contesta a metodologia usada e reclama da lentidão e da falta de efetividade nas ações.

A crise de confiança entre o movimento e a pasta se aprofundou. A cúpula do MST rompeu o diálogo com o ministro Paulo Teixeira — que é filiado ao PT — e passou a defender sua substituição. A insatisfação ganhou força, sobretudo após a situação do Acampamento Quilombo Campo Grande, em Minas Gerais, que segue sem solução definitiva, mesmo com promessas do governo.

Em março, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a visitar um assentamento do MST e assinou decretos de desapropriação, gesto interpretado na época como um sinal de reaproximação com o movimento. Porém, os sem-terra agora afirmam que os atos foram simbólicos e que o processo de reforma agrária continua paralisado na prática.

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