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O Brasil perdeu um de seus mais célebres poetas, Antonio Cicero, que faleceu ontem aos 79 anos. Natural do Rio de Janeiro, Cicero formou-se em filosofia em Londres e, ao longo de sua carreira, destacou-se como um renomado poeta e letrista. Ele é amplamente reconhecido por suas parcerias com a irmã, a cantora Marina Lima, tendo composto clássicos como “Fullgás” e “Pra Começar”. Além de Marina, trabalhou com artistas renomados como Waly Salomão, João Bosco, Lulu Santos e Adriana Calcanhotto.

Cicero lançou três livros de poemas e quatro de ensaios filosóficos, consolidando sua posição na literatura brasileira. Em 2017, foi eleito imortal da Academia Brasileira de Letras, um reconhecimento de sua contribuição à cultura do país.

Recentemente, ele estava na Suíça, um dos poucos países onde o suicídio assistido é legalizado. Antonio Cicero havia sido diagnosticado com Alzheimer há alguns anos. Em uma carta de despedida a amigos, ele expressou sua luta contra a doença, mencionando que estava se esquecendo de pessoas e episódios e que sua vida havia se tornado insuportável. “Não consigo mais escrever bons poemas nem bons ensaios de filosofia. Não consigo me concentrar nem mesmo para ler, que era a coisa de que eu mais gostava no mundo”, escreveu, ao concluir: “Espero ter vivido com dignidade e espero morrer com dignidade.”

A morte de Antonio Cicero deixa um legado profundo na poesia e na música brasileira, e sua voz será lembrada por gerações.

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