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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deve prorrogar o inquérito das milícias digitais ao menos até 2026, segundo fontes próximas ao magistrado e integrantes do Supremo. A decisão leva em consideração o cenário político tenso esperado para as próximas eleições presidenciais, quando o ambiente de radicalização pode, segundo ele, se intensificar ainda mais.

Moraes tem dito a interlocutores que não há condições para o encerramento do inquérito enquanto persistirem ameaças à democracia e à integridade do processo eleitoral. O ministro avalia que o clima político em 2026 pode ser tão ou mais conturbado do que o de 2022, quando ocorreram ataques às instituições, culminando com a tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023.

Aberto em 2021, o inquérito das milícias digitais investiga organizações que atuam de forma coordenada para disseminar desinformação e ataques contra a democracia, o STF e outras instituições públicas. Vários aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro já foram alvos de medidas no âmbito da investigação, incluindo parlamentares, influenciadores e militares.

A prorrogação do inquérito reforça o protagonismo de Moraes no combate à desinformação e na regulação do ambiente digital, especialmente em contextos eleitorais. O magistrado também deve continuar atuando nas discussões sobre projetos de lei que tratam das fake news e da moderação de conteúdo nas redes sociais.

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