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O presidente da Argentina, Javier Milei, foi retirado às pressas de uma caravana oficial nesta quinta-feira (28), após sua comitiva ser atacada por manifestantes armados com pedras e garrafas na cidade de Lomas de Zamora, na Grande Buenos Aires. O episódio provocou tensão e reforçou o clima de instabilidade política no país.

Milei estava acompanhado de sua irmã, Karina Milei, secretária-geral da Presidência e apontada como uma das figuras mais influentes da Casa Rosada. O ataque ocorreu em um momento delicado para o governo, já que Karina é alvo de acusações em um escândalo de propinas envolvendo altos funcionários da administração federal.

O protesto, que terminou em confronto com as forças de segurança, teve início durante o deslocamento da comitiva entre o centro da capital argentina e o Aeroporto Internacional de Ezeiza. De acordo com relatos oficiais, a ministra da Segurança Nacional, Patricia Bullrich, responsabilizou apoiadores da ex-presidente Cristina Kirchner, atualmente em prisão domiciliar por corrupção, pela organização do ataque.

Ainda não há confirmação oficial sobre feridos ou detidos durante o incidente, mas vídeos divulgados nas redes sociais mostram o momento em que a equipe de segurança de Milei reage ao tumulto e acelera para retirar o presidente da área.

O episódio agrava ainda mais a polarização no país, marcado por protestos constantes contra as políticas econômicas ultraliberais do governo Milei e por denúncias de favorecimento político e corrupção envolvendo figuras próximas ao presidente.

A oposição acusa o governo de usar o episódio como cortina de fumaça para abafar a crise política interna e desviar o foco das investigações envolvendo Karina Milei. Já o governo afirma que se trata de um “ataque coordenado contra a democracia” e prometeu reforçar a segurança em agendas públicas do presidente.

A tensão política e social na Argentina segue em alta, em meio a uma economia fragilizada, cortes de gastos públicos e denúncias que colocam o alto escalão do governo sob pressão.

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