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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou e deu posse nesta sexta-feira (26) ao engenheiro Frederico Siqueira como novo ministro das Comunicações. Siqueira ocupava até então a presidência da Telebras, estatal ligada à própria pasta, e assume o cargo após um período de quase três semanas de vacância.

O ministério estava sem comando desde 8 de abril, quando Juscelino Filho (União Brasil-MA) deixou o posto após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República por supostas irregularidades no uso de emendas parlamentares. A primeira escolha do governo, o deputado Pedro Lucas Fernandes (União-MA), chegou a ser anunciado informalmente e participou de jantar com Lula, mas desistiu da nomeação diante de um impasse interno em seu partido.

A nomeação de Siqueira, porém, já nasce envolta em controvérsia. Ele é alvo de uma ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público de Pernambuco. O processo, com mais de 600 páginas, trata da contratação de uma empresa de engenharia da qual o novo ministro é sócio, em um município onde seu irmão exercia o cargo de secretário de Finanças — o que pode configurar favorecimento indevido.

Segundo a coluna da jornalista Malu Gaspar, que revelou os detalhes da ação, o caso segue em análise na Justiça e pode gerar novos constrangimentos ao governo, que já enfrenta críticas por manter ministros sob investigação.

A posse de Frederico Siqueira, embora técnica em sua origem, reaquece o debate sobre os critérios de escolha para cargos de primeiro escalão em meio às pressões políticas e ao cerco judicial que ronda aliados do Planalto.

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