O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarca nesta segunda-feira (8) para uma sequência de agendas pela América do Sul, tratando-as como estratégicas para a integração do continente. O primeiro destino será o Paraguai, onde Lula participará da Cúpula do Mercosul, em Assunção. Este encontro, que seria uma nova oportunidade de reunião com o presidente da Argentina, Javier Milei, terá a ausência do mandatário argentino. A Casa Rosada informou que Milei não comparecerá, após uma visita extraoficial ao Brasil para participar da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) em Balneário Camboriú.
Encontros no Paraguai e Bolívia
Em Assunção, além de tratar de questões econômicas e políticas, a reunião da cúpula será marcada pela possível ratificação da Bolívia como membro pleno do Mercosul. Na semana passada, o Senado boliviano aprovou a adesão ao bloco, e a lei foi promulgada pelo presidente Luis Arce.
Na Bolívia, Lula terá reuniões com o presidente Luis Arce, que recentemente enfrentou uma tentativa de golpe. A situação boliviana foi destacada pelo ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, durante a abertura da reunião ordinária da cúpula neste domingo. Vieira solidarizou-se com os bolivianos e fez um paralelo com os ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília, em janeiro de 2020.
“Também tivemos de enfrentar, ainda nos primeiros dias deste terceiro mandato do presidente Lula, uma tentativa de reverter por meio da violência a vontade soberana do povo expressa nas urnas. No Brasil, assim como na Bolívia, a democracia venceu e tenho certeza de que sairá mais forte”, afirmou Vieira.
Novo Membro e Acordos Comerciais
Além da ausência de Milei, a reunião da cúpula será marcada pela formalização da incorporação da Bolívia como membro pleno do Mercosul, caso a carta de ratificação seja entregue. Outro ponto relevante será o pontapé inicial para um acordo de livre comércio entre o bloco sul-americano e os Emirados Árabes Unidos, marcando um avanço significativo nas relações comerciais.
Lula vê essas agendas como fundamentais para fortalecer a integração da América do Sul e promover a cooperação entre os países do continente. A expectativa é que esses encontros resultem em avanços significativos nas relações bilaterais e multilaterais, consolidando a posição do Brasil como um ator central na política sul-americana.
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