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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta terça-feira (2), que deseja uma maior participação do governo federal e da Polícia Federal (PF) no combate ao crime organizado e na segurança pública do país, em comparação com a atuação dos estados. Durante uma entrevista à rádio Sociedade, em Salvador, onde cumpre agenda, o presidente defendeu a criação de uma nova Proposta de Emenda à Constituição (PEC) relacionada ao tema.

“Eu sou favorável que a gente tenha mais Polícia Federal, que a gente possa participar mais do processo de segurança, sobretudo, no combate ao crime organizado, ao narcotráfico, às facções. Porque hoje tomou conta do Brasil”, declarou Lula. Ele destacou que a presença do crime organizado é um problema nacional, mencionando situações em Roraima e no Acre como exemplos.

Lula afirmou que os estados, sozinhos, não conseguem enfrentar o crime organizado de maneira eficaz. “Se você for no garimpo de Roraima, vai enfrentar o narcotráfico, o crime organizado. Se você for ao Acre, vai enfrentar o crime organizado. Então, é uma coisa mais delicada e eu acho que os estados, sozinhos, não dão conta”, disse o presidente. Ele também mencionou a possível criação de uma PEC para definir a atribuição de cada agente envolvido, garantindo ao povo mais segurança pública.

O presidente indicou que deseja se reunir em breve com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e com ministros que tenham sido governadores, para discutir a questão. “Eu quero que eles participem de uma reunião para que a gente possa fazer uma proposta de segurança pública, sabendo que a gente vai enfrentar a recusa de muitos governadores”, declarou Lula.

Segundo Lula, muitos governadores reclamam da segurança pública, mas não querem abrir mão do controle da Polícia Civil e da Polícia Militar. Ele ressaltou que o governo federal não quer ter ingerência nas polícias estaduais, mas quer participar mais ativamente do processo de segurança pública, questionando se apenas o repasse de dinheiro é suficiente.

Lula ainda mencionou sua proposta anterior de criação de uma Guarda Nacional. “Eu defendi a criação da Guarda Nacional. Eu queria criar uma coisa forte, poderosa, de fazer aquelas intervenções que a gente vê em filme americano policial. Mas não conseguimos criar”, afirmou o presidente.

 

 

 

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