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Vinícius Nunes
Viniciusnunes@portal2dejulho.com.br

O clima de São João já está na Bahia. Salvador e todo o interior baiano já estão tendo ou estão perto de ter as festividades juninas. Na capital baiana, três localidades vão ser palco de grandes atrações: Paripe, Pelourinho e Parque de Exposições. No Pelourinho, nesta quinta-feira (22), vai ter algumas atrações para alegrar o povo soteropolitano no período junino. Um dos shows mais esperados, é o da cantora Larissa Marques.

Larissa Marques é uma das revelações da música baiana e concedeu entrevista para o Portal 2 de Julho. A cantora falou sobre o início de carreira, o seu estilo musical e sobre a questão de artistas fora do forró participarem das grandes festas do São João.

Confira na íntegra a entrevista do editor-chefe do Portal 2 de Julho, Vinícius Nunes, com Larissa Marques.

Vinícius Nunes: Me fale um pouco sobre o seu início, você nasceu em Irecê (cidade do interior da Bahia), veio para Salvador fazer o curso de Direito, depois largou e foi para a música, certo? Fale um pouco desse percurso.

Larissa Marques: Na verdade, desde pequena eu já tinha uma relação com a música, a minha família ama música, mas ninguém foi profissional dela. Eu não imaginava que eu fosse profissional e estivesse onde estou hoje. Eu vim para Salvador porque eu sempre quis o Direito. Meu sonho era ser juíza federal! Eu estudava muito. Estudava entre 7 e 8 horas por dia. Agora, no meio da faculdade, quase no final curso, um amigo meu me chamou para tocar em barzinho e que isso poderia ajudar a pagar faculdade e isso me despertou logo o interesse. Isso porque eu me sustentava aqui, então eu precisava de recurso financeiro para financiar os meus estudos e viver na capital, já que foi iniciativa essa mudança. Depois que comecei, com dois ou três meses, já apareceu um grupo de empresários interessados no meu trabalho. Por isso eu digo, a música me escolheu! Com quatro meses, eu já estava agenciada por quatro empresários e eu fui seguindo essa carreira e, infelizmente, não consegui conciliar com a faculdade e tive que trancar. Porém estou voltando para concluir, falta só um semestre e estou fazendo Administração de Empresas online também! Mas agora posso dizer que meu foco mesmo é a música.

Vinícius Nunes: Me explica um pouco desse seu ritmo, o ‘swing diferenciado’?

Larissa Marques: Eu não me rotulo. Eu digo para as pessoas: ‘Larissa é um show de sucessos com uma pitada de swing’! A gente traz as células da Bahia, essa ‘pegada gostosa’, porém tocando todos os sucessos nacionais. A gente coloca o sertanejo, a gente coloca o brega, a gente coloca o arrocha, a gente coloca o forró,  ou seja tudo, porém com a nossa pegada diferenciada. Eu ainda não vi uma mulher fazer esse tipo de coisa. A gente faz questão daquela percussão típica da Bahia nos nossos shows.

Vinícius Nunes: Você é uma das atrações do São João de Salvador, o que você acha dessa questão da queixa dos artistas do forró ‘reclamarem’ da chegada de artistas de outros segmentos durante o São João?

Larissa Marques: Eu acho isso uma coisa de 1700… Porque assim, no nosso Carnaval Jorge e Matheus puxa trio e eu não vejo gente se queixando disso e nem achando absurdo. Eu acho que a música faz bem de todas as maneiras, em todos os ambientes e em todas as situações. Eu acho que tem que ter união. Na minha visão no Carnaval cabe sertanejo, cabe arrocha, assim como nas Micaretas por aí. Tiago Aquino fez grande sucesso na Micareta de Feira de Santana e arrastou milhões de pessoas. Todos os estilos musicais cabem em todas as épocas do ano. São João só um estilo, Carnaval só um estilo, isso acabou há muito tempo tempo. Não existe essa limitação de uma época do ano só tocar um estilo musical. Essa diversidade vai agradar todo mundo, vai trazer turistas de todos os lugares do Brasil. Ou seja, só vai agregar!

Vinícius Nunes: Você lembra de um momento, dentro da música, onde você estava em uma situação de dificuldade e conseguiu superar?

Larissa Marques: Teve um Réveillon em Angra dos Reis. Só tinha grandes atrações, gente famosa mesmo e eu era a menos conhecida e muitos duvidavam de mim. Alguns me ‘olharam torto’ até, porém eu fui lá, dei tudo de mim no show e no final a plateia gritou o meu nome. Depois me falaram que o que aconteceu era muito difícil, pois o público de Angra é muito exigente e, meu nome foi o único gritado, mesmo com todas as grandes atrações.

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