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Israel aceita cessar-fogo com o Hamas e inicia plano para fim da guerra em Gaza

Após horas de intensas discussões com seus principais ministros, o governo de Benjamin Netanyahu anunciou, na madrugada desta sexta-feira (10), a aceitação oficial dos termos de um acordo de cessar-fogo com o Hamas, que pode colocar fim à guerra em Gaza, iniciada há dois anos.

A “primeira fase” do acordo, mediado por autoridades egípcias e com envolvimento direto dos Estados Unidos, será implementada de forma imediata e prevê o fim dos combates, a retirada parcial das tropas israelenses do enclave palestino e a libertação de reféns israelenses e de cerca de 2 mil prisioneiros palestinos.

O acordo, considerado o mais próximo de um desfecho pacífico desde o início do conflito, será assinado no Egito, e o presidente americano Donald Trump manifestou interesse em comparecer à cerimônia. “Esse é um grande plano de paz, apoiado por todos”, afirmou Trump, que também garantiu que “nenhum palestino será forçado a deixar Gaza”.

Reféns serão libertados já na próxima semana

Segundo fontes do governo israelense, os 20 reféns vivos que ainda estão em poder do Hamas devem ser libertados e chegar a Israel na próxima segunda-feira. Já os corpos de outros 28 reféns, mortos durante o período em cativeiro, ainda não têm previsão para serem repatriados.

O negociador-chefe do Hamas, Khalil al-Hayya, declarou mais cedo que os EUA forneceram garantias de que o cessar-fogo será definitivo. Apesar disso, ainda há incertezas importantes sobre os próximos passos do acordo.

Ponto de interrogação sobre o controle de Gaza

Entre os itens mais sensíveis do acordo está a futura administração de Gaza. Ainda não está claro quem assumirá o controle da região após a retirada das forças israelenses — nem se o Hamas entregará voluntariamente suas armas. A ausência de um plano robusto de transição gera preocupação entre analistas internacionais e diplomatas envolvidos nas negociações.

Outro ponto de tensão é a exigência do Hamas para a libertação de líderes históricos do grupo, alguns condenados à prisão perpétua por ataques contra civis israelenses. Fontes ligadas ao governo de Israel afirmaram que alguns nomes da lista são “inaceitáveis” e podem colocar em risco a manutenção do acordo.

Guerra deixou rastro de destruição

O conflito, que já dura dois anos, causou a morte de cerca de 1,2 mil israelenses e quase 70 mil palestinos, de acordo com números de fontes internacionais. O impacto humanitário em Gaza é considerado devastador, com milhares de civis deslocados e infraestrutura gravemente danificada.

Apesar das dúvidas ainda em aberto, a aceitação do acordo por parte de Israel é vista como um passo crucial para a reconstrução da paz na região, após meses de escalada militar, tensões diplomáticas e pressão internacional.

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