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A Grande Barreira de Corais, patrimônio natural da humanidade e um dos ecossistemas mais importantes do planeta, acaba de registrar seu maior declínio anual na cobertura de corais desde o início dos monitoramentos, há quase quatro décadas. A revelação consta de um novo relatório divulgado pelo Instituto Australiano de Ciências Marinhas (AIMS).

De acordo com os pesquisadores, os trechos norte e sul do vasto recife australiano foram os mais afetados, com um branqueamento de corais descrito como o mais generalizado da história recente. O fenômeno, que enfraquece e pode levar à morte dos corais, é provocado principalmente pelo estresse térmico resultante do aquecimento das águas — consequência direta das mudanças climáticas globais.

“Estamos vendo os recifes atingirem um ponto crítico”, alertou um dos cientistas do AIMS, enfatizando que o aquecimento dos oceanos não é mais um evento isolado, mas sim uma tendência contínua.

A perda dos corais representa uma ameaça grave para a biodiversidade. Apesar de ocuparem apenas uma fração do fundo marinho, os recifes abrigam cerca de 25% de todas as espécies marinhas conhecidas, funcionando como viveiros naturais e zonas de proteção para inúmeros organismos.

O relatório acende um sinal de alerta para governos e organismos internacionais, destacando a urgência de medidas concretas contra as emissões de gases de efeito estufa. Caso o ritmo atual de aquecimento continue, especialistas alertam que o futuro da Grande Barreira de Corais — e de outros ecossistemas marinhos — está seriamente comprometido.

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