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A crise política na França se aprofundou nesta quarta-feira, com a Assembleia Nacional derrubando o primeiro-ministro Michel Barnier por 331 votos a 577, desencadeando uma série de turbulências no governo do presidente Emmanuel Macron. A moção de desconfiança, aprovada por uma aliança inusitada de extrema-direita e esquerda, foi apresentada após Barnier tentar implementar um orçamento de austeridade para reduzir o déficit fiscal do país, medida que foi amplamente rejeitada por diversos setores políticos.

Barnier, que assumiu o cargo há apenas 90 dias, tornou-se o primeiro primeiro-ministro a ser deposto desde 1962 e o detentor do menor mandato na história da República Francesa moderna, fundada em 1958. Sua saída coloca uma pressão considerável sobre o presidente Macron, que, segundo a constituição, não pode convocar novas eleições parlamentares até o verão de 2025. Em meio à crise, Macron agora precisa nomear um novo premier com urgência, numa tentativa de estabilizar o governo e restabelecer a confiança política no país.

A situação política da França reflete uma instabilidade crescente em toda a União Europeia, com as divisões internas também afetando países como a Alemanha, que enfrentará uma eleição geral antecipada em fevereiro, após o colapso de seu governo de coalizão. A renomada comentarista Kátia Adler afirmou que a França, juntamente com a Alemanha, sempre foi vista como o “motor” da União Europeia, mas agora esse motor parece estar “falhando”. De acordo com Adler, a instabilidade política interna desses países tem um impacto direto na Unão Europeia como um todo, enfraquecendo sua coesão e influência global.

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