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Pressão aumenta por acordo em Gaza: EUA e Israel estudam ultimato ao Hamas para libertação de reféns e fim da guerra

Após meses de impasses diplomáticos e esforços frustrados por um cessar-fogo em Gaza, autoridades dos Estados Unidos e de Israel sinalizaram nesta semana que pretendem adotar uma nova postura mais dura: oferecer ao Hamas um ultimato. A proposta incluiria a exigência de que o grupo liberte os reféns restantes e aceite condições que incluam o desarmamento, sob pena de Israel retomar e intensificar sua campanha militar no território palestino.

Segundo fontes ligadas às negociações, o objetivo é pressionar o Hamas para um acordo abrangente que possa encerrar o conflito, que já dura mais de nove meses e gerou uma crise humanitária devastadora em Gaza, com crescente crítica internacional, inclusive de aliados históricos de Israel.

Por outro lado, o Hamas nega ter recebido formalmente a proposta e reiterou, por meio do representante Mahmoud Mardawi, que embora o grupo esteja aberto à ideia de um cessar-fogo, não aceitará se desarmar, o que considera uma ameaça direta à sua sobrevivência.

Pressão interna e internacional sobre Israel

O governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu também enfrenta pressões internas crescentes para resolver a situação dos reféns. Estima-se que cerca de 20 reféns israelenses ainda estejam vivos em cativeiro, segundo informações dos serviços de inteligência.

Na sexta-feira, o Hamas divulgou um vídeo perturbador de um dos reféns, Evyatar David, aparentemente cavando sua própria cova em um túnel subterrâneo, o que intensificou a comoção pública em Israel. Familiares e movimentos civis têm aumentado os protestos exigindo ações imediatas do governo para resgatar os sequestrados, capturados desde o ataque de 7 de outubro de 2023.

Enquanto isso, organizações internacionais seguem denunciando o agravamento da fome e do colapso sanitário na Faixa de Gaza. A campanha militar israelense já deixou milhares de mortos e provocou deslocamento em massa da população civil.

Impasse persistente

Apesar do sinal de endurecimento por parte de Israel e dos EUA, analistas apontam que as chances de desfecho imediato seguem incertas. O Hamas, mesmo enfraquecido, ainda controla áreas estratégicas de Gaza e demonstra resistência a acordos que comprometam sua estrutura militar.

A movimentação dos EUA em torno do ultimato, segundo observadores diplomáticos, busca evitar uma nova escalada regional e resgatar a imagem do governo Biden em meio a críticas por sua condução da política externa no Oriente Médio.

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