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Na última sexta-feira, 6, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomeou Esther Dweck como ministra interina dos Direitos Humanos, substituindo Silvio Almeida, que foi demitido após acusações de assédio sexual. Dweck, economista e professora, também lidera o Ministério da Gestão e Inovação e acumulará ambas as funções até que um novo titular seja nomeado para a pasta dos Direitos Humanos.

Esther Dweck, membro do quadro técnico do PT, possui uma longa trajetória na área econômica, tendo sido chefe da assessoria econômica e secretária de orçamento federal no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Além disso, atuou como assessora parlamentar no Senado e foi premiada com o Mulher Economista 2021 pelo Conselho Federal de Economia (Cofecon). Ela é doutora em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e lecionou em várias instituições de ensino superior.

A escolha de Dweck para o cargo ocorre em meio a uma crise no governo federal, marcada pela demissão de Silvio Almeida. Almeida foi exonerado após a ONG Me Too divulgar denúncias de assédio sexual envolvendo o ex-ministro. A organização, que optou por não revelar os nomes das vítimas para protegê-las, alegou ter o consentimento delas para tornar o caso público.

Em resposta às acusações, Almeida afirmou ser inocente e manifestou seu desejo de colaborar com investigações criteriosas sobre os supostos abusos. Em nota, ele pediu que as provas das acusações fossem apresentadas para que pudesse se defender adequadamente. Almeida é o quarto ministro do governo Lula a ser afastado desde o início do mandato, sendo ele e o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, os únicos a serem demitidos em razão de denúncias veiculadas na imprensa.

Com a saída de Almeida e a decisão de Rita Cristina de Oliveira, secretária-executiva da pasta, de pedir demissão em solidariedade ao ex-ministro, Dweck assume a responsabilidade de conduzir o Ministério dos Direitos Humanos até que uma nova nomeação seja feita. A ministra interina, embora com uma carreira sólida na economia, enfrenta o desafio de liderar uma pasta para a qual não possui histórico acadêmico específico, em meio a um contexto de significativa tensão e reestruturação no governo.

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