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Em um gesto que sinaliza uma possível inflexão na tensa guerra comercial entre Estados Unidos e China, o presidente Donald Trump afirmou nesta terça-feira (data não especificada) que as tarifas impostas a produtos chineses “vão cair substancialmente, mas não chegarão a zero”. A declaração ocorre após uma escalada nas tensões bilaterais, com tarifas americanas chegando a 145% sobre certos produtos importados da China, o que provocou forte reação de Beijing.

A resposta chinesa incluiu a elevação de tarifas sobre produtos americanos e a redução na exportação de insumos estratégicos para a economia dos EUA, como semicondutores e componentes eletrônicos, o que acendeu um alerta vermelho em setores-chave da indústria e do mercado financeiro americano.

A retórica mais branda de Trump parece refletir a pressão crescente de aliados dentro da indústria e de líderes do mercado financeiro, preocupados com os impactos da política comercial agressiva na competitividade e na estabilidade econômica. Fabricantes, exportadores e investidores têm alertado para o aumento nos custos de produção, a instabilidade nos mercados e o risco de desaceleração econômica provocados pelas disputas tarifárias.

Apesar do tom conciliador, Trump reforçou que não pretende eliminar completamente as tarifas, mantendo-as como ferramenta de barganha. “As tarifas vão cair substancialmente, mas não chegarão a zero”, afirmou, sem detalhar prazos ou novos percentuais.

A fala do presidente ocorre em meio a negociações ainda tensas com o governo chinês, que também vem demonstrando resistência a concessões unilaterais. Especialistas apontam que o momento atual exige mais do que retórica para evitar um agravamento da crise: será preciso avançar em acordos concretos que sinalizem estabilidade para os mercados globais.

Se por um lado a declaração de Trump alivia momentaneamente os ânimos, por outro, evidencia a imprevisibilidade da estratégia comercial americana, cuja condução errática tem gerado incertezas e reações negativas ao redor do mundo. A guerra tarifária, iniciada ainda em seu primeiro mandato, segue sendo um dos principais pontos de tensão na política externa dos Estados Unidos.

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