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O domingo de São João chegou com um clima diferente em Salvador: a temperatura caiu, o vento soprou mais forte, mas nada disso esfriou o espírito junino. Pelo contrário — foi uma daquelas noites em que o forró esquenta a alma, e a cidade se reúne pra celebrar suas raízes.

No Pelourinho, o cenário continuou encantador, com as ruas de pedra iluminadas por bandeirolas coloridas e o som da sanfona ecoando entre as igrejas históricas.

Natalia Natividade, uma turista de Maceió, estava curtindo as ruas do centro com seu namorado, segundo a forrozeira, essa foi uma grande surpresa.

Jamais esperamos que Salvador investice no São João dessa maneira, parece até um carnaval, ganhou de muita festa do interior.

A noite contou com apresentações marcantes de: Adelmo Casé que levou seu som cheio de groove e carisma, misturando romantismo com pegada baiana; Adelmario Coelho, mestre do forró tradicional, que fez o público dançar agarradinho com aquele ritmo que não envelhece nunca; Ávine Vinny trouxe o forró mais moderno e romântico, conectando gerações; e, pra fechar com a força que só Salvador tem, Olodum fez tremer o Pelô com seus tambores inconfundíveis, levando axé, resistência e identidade ao coração da festa.

Enquanto isso, no Parque de Exposições, a noite seguiu quente, mesmo com o vento mais frio, tivemos a presença de: Marquinhos Navaes que abriu a programação trazendo seu estilo leve e animado, preparando o terreno pra festa. Papazoni entrou com sua mistura de arrocha e pagode, levantando a galera com muito suingue. Mikael Santos deu sequência com sua energia contagiante, misturando ritmos e embalando o público com seu brega moderno.


A emoção ficou por conta de Tarcísio do Acordeon, que trouxe o forró sofrido que fala direto ao coração, fazendo muita gente cantar com os olhos fechados. Emily, uma fã, dançava sozinha ao som do seu ídolo, embalada ao som de Tarcísio, a baiana se disse emocionada, e deu nota mil para o São João no Parque de exposições.

Logo depois, Gustavo Mioto tomou conta do palco com seu sertanejo moderno e romântico, encantando o público com grandes sucessos. A festa ainda contou com a explosão de ritmos percussivos da Timbalada, que colocou todo mundo pra dançar ao som dos atapaques e da vibração baiana. E pra fechar com chave de ouro, Pagod’art trouxe aquele pagode gostoso, cheio de nostalgia e alegria, encerrando a noite com a cara de Salvador.

O calor humano, a música e a alegria deram conta de transformar o domingo gelado numa noite inesquecível. Salvador mostrou mais uma vez que seu São João é vibrante, acolhedor e feito pra todas as idades. E a festa ainda não acabou — tem mais pela frente. Porque aqui, enquanto houver sanfona tocando, o coração segue aquecido.

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