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Em jantar estratégico na casa do presidente da recém-formada federação entre União Brasil e PP, Antonio Rueda, a cúpula da direita brasileira deu o primeiro passo concreto rumo às eleições de 2026. O encontro contou com a presença de 12 governadores e os presidentes nacionais de seis partidos — União, PP, PL, PSD, MDB e Republicanos — e teve como foco principal traçar os rumos da oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Dois caminhos foram debatidos: o primeiro prevê que cada partido lance seu próprio candidato à Presidência no primeiro turno, com o compromisso de apoio mútuo no segundo turno contra Lula, caso ele se candidate à reeleição. O segundo cenário aposta na união da direita desde o primeiro turno, com um único nome encabeçando a disputa — e o mais cotado neste momento é o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

No mesmo dia, um movimento discreto mas revelador ocorreu em Brasília. O presidente do Republicanos, Marcos Pereira, esteve no Palácio da Alvorada para um almoço com o presidente Lula. Segundo relatos, o petista afirmou ter convicção de que Tarcísio será candidato à Presidência e que o ex-presidente Jair Bolsonaro, inelegível até 2030, acabará tendo que apoiá-lo como sucessor natural. Pereira, por sua vez, reiterou que, por ora, o plano de Tarcísio é disputar a reeleição no governo paulista.

Enquanto as articulações eleitorais avançam nos bastidores, o Congresso segue em clima de tensão. Mesmo sob forte oposição da ala bolsonarista, que ameaça obstruir os trabalhos, a Câmara dos Deputados aprovou o regime de urgência para o projeto de lei que combate a “adultização” de crianças e adolescentes na internet. A proposta, de autoria do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), pode ser votada ainda hoje. O texto trata da exposição precoce de menores a conteúdos inadequados nas redes sociais e é visto como uma tentativa de regular a presença digital de influenciadores mirins, enfrentando resistência de setores mais à direita.

Com o tabuleiro político já em movimento e alianças em negociação, o cenário para 2026 começa a se desenhar: de um lado, uma oposição fragmentada tentando se unir; do outro, um governo que, mesmo pressionado, observa com atenção — e já antecipa os nomes que podem enfrentá-lo nas urnas.

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