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Uma recente reunião no Planalto gerou polêmica em torno do estudo do Banco Central (BC) sobre apostas esportivas, que revelou gastos de R$ 3 bilhões por beneficiários do Bolsa Família apenas em agosto. Ministros do governo questionam a robustez técnica do levantamento, encarado como uma tentativa política da autoridade monetária de impactar negativamente a imagem do governo de Lula.

O estudo, que tem apenas duas páginas, foi elaborado em resposta a um pedido do senador Omar Aziz (PSD-AM). No entanto, auxiliares presidenciais levantaram, sem evidências, a suspeita de que o BC teria divulgado o levantamento com o intuito de prejudicar programas sociais. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, que deixará o cargo em 31 de dezembro, tornou-se uma figura controversa dentro do governo, visto como um antagonista da atual política econômica.

Ministros expressaram preocupações sobre a validade do estudo por duas razões principais: há receios de que CPFs estejam sendo utilizados indevidamente para lavagem de dinheiro, e a cifra apresentada não considera os ganhos obtidos pelos apostadores. As casas de apostas contestam o estudo, afirmando que os gastos reais não teriam sido de R$ 3 bilhões, mas sim de R$ 210 milhões, com o restante devolvido em prêmios.

Por outro lado, o Ministério da Fazenda adota uma postura mais cautelosa em relação ao BC. Fontes da pasta reconhecem que os números são alarmantes, mas afirmam que o estudo trouxe à tona uma discussão importante sobre a regulamentação das apostas, que vinha estagnada. A Fazenda enfatiza que apenas a autoridade monetária possui os dados necessários para realizar esse tipo de levantamento, reforçando a complexidade do debate em torno da regulamentação do setor.

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