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O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (10), por 13 votos a 5, o parecer que recomenda a cassação do mandato do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), acusado de quebra de decoro parlamentar. O caso teve origem em abril de 2024, quando Glauber foi flagrado expulsando a chutes um militante do Movimento Brasil Livre (MBL) do interior da Casa Legislativa, durante uma discussão acalorada nos corredores da Câmara.

O processo segue agora para o plenário da Câmara, onde todos os parlamentares deverão votar pela confirmação ou não da recomendação de cassação. Ainda não há data definida para a apreciação do pedido. A decisão do Conselho foi interpretada por aliados como um sinal de endurecimento contra atitudes consideradas agressivas dentro do Congresso, enquanto apoiadores do deputado classificaram a medida como desproporcional e política.

Logo após a sessão, Glauber Braga fez um pronunciamento à imprensa anunciando que iniciará uma greve de fome em protesto contra o processo. Em um gesto simbólico, foi visto dormindo no chão do local onde a comissão se reuniu, afirmando que não sairá dali até o fim do julgamento de seu caso. “Não cometi crime, defendi a democracia desta Casa contra quem sempre quis destruí-la”, declarou.

A cena de Glauber deitado no chão, cercado por colegas de partido e assessores, repercutiu nas redes sociais e dividiu opiniões dentro e fora do Congresso. Enquanto setores da oposição apontam uma postura “inaceitável” do deputado e defendem a cassação como necessária para preservar o decoro parlamentar, parlamentares de partidos de esquerda denunciam um processo movido por motivações ideológicas.

A defesa do deputado argumentou durante o processo que a reação foi provocada por insultos e provocações do militante do MBL, que teria invadido um espaço reservado aos parlamentares e, segundo testemunhas, promovido atos de hostilidade verbal.

Caso seja levado ao plenário, o pedido de cassação precisará de maioria absoluta – ao menos 257 votos favoráveis – para ser aprovado. Até lá, Glauber Braga promete manter sua greve de fome como forma de resistência política.

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