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Para quem acompanha o Globo Esporte, na Tv Bahia, já se familiarizou com Tiago Reis. Formado em jornalismo, o repórter, que já foi jovem aprendiz na casa, hoje, é um dos destaques na programação da filiada da Globo, em Salvador. O destino do jornalista já estava traçado há muito tempo, mesmo quando não fazia ideia do que ia se tornar no futuro.

“A minha história foi muito pautada como todo jovem negro, aproveitamos as oportunidades que a vida vai nos oferecendo. Sempre fui bom aluno e sabia que a única forma que poderia galgar algo na minha vida seria estudando. Certa vez, tive uma oportunidade em uma associação do meu bairro que foi de participar de um curso técnico de turismo, e virei agente de turismo. Essa agência de viagens que eu trabalhava abriu um posto na Tv Bahia”, relata.

Ainda no ensino médio, o jornalista começou a trabalhar com apenas 16 anos, sendo terceirizado e prestando serviço a administração da Rede. O que ele não sabia, era que um talento surgiria a partir dessa situação.

“Quando abriu o posto da agência na tv, eles pediram para eu ir trabalhar com eles porque já conhecia o processo…nunca tive pretensão nenhuma em trabalhar com jornalismo. Oito meses depois, me chamaram para trabalhar na administração do jornalismo, e eu fui porque eles ofereciam a oportunidade de estudar em uma faculdade e, caso não fosse isso, só tinha duas opções: ou uma faculdade pública, que era difícil de entrar, ou particular, mas eu não tinha dinheiro pra pagar”, pontua.

Após finalizar a faculdade, Tiago conseguiu passar por todas as funções do setor de esporte dentro da empresa, e foi a partir desse interesse que foi conquistando o seu espaço.

“Cada pessoa conta a história da sua forma, e eu também queria contar a história do jeito que eu vejo. No segundo semestre da faculdade, pedi ao chefe de redação do esporte, na época, para aprender os processos de produção, reportagem, edição…ele me liberou e todo final de semana que tinha livre, estava lá. A ideia era ser lembrado quando tivesse alguma oportunidade”, conta.

Assim como um bom torcedor, Tiago, que preferiu não mencionar pra qual time já torceu, diz que o futebol baiano está passando por um processo de mudança muito grande.

“O Bahia e muitos clubes baianos estão virando SAF. Todo torcedor que é tricolor e votou por isso acreditava em uma mudança de patamar do time, e mudou realmente financeiramente. Hoje, ele tem muito dinheiro pra investir, mas foi feito de forma equivocada”.

“É bom para o futebol baiano ter dois times na série A e isso não acontece desde 2018. Já que o Vitória subiu campeão e está com essa moral, é ideal que o Bahia também fique no ano que vem para o futebol ficar fortalecido. Sabemos que existem os preconceitos que rondam toda a nossa sociedade e o futebol baiano também passa esse tipo de preconceito. Quanto mais times estiverem nos campeonatos, conseguimos fortalecer o futebol da região”, finaliza.

Em campanha eleitoral para presidência do Bahia, Baraúna enfatiza a sua importância no clube: “eu sou uma voz atuante do torcedor”

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