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Em uma cerimônia enxuta e sem direito a coquetel, a ministra Cármen Lúcia tomou posse como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelos próximos dois anos. Durante seu discurso, a nova presidente criticou veementemente as fake news e o discurso de ódio que proliferam nas redes sociais. “Contra o vírus da mentira, há o remédio eficaz da informação séria”, afirmou Cármen Lúcia, enfatizando a necessidade de combater a desinformação.

Kássio Nunes Marques foi empossado como vice-presidente do TSE, enquanto André Mendonça assumiu como integrante titular do tribunal. Ao transmitir o cargo para Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes destacou a atuação dela em defesa da igualdade de gênero e contra qualquer ato discriminatório, ressaltando seu compromisso com a justiça e a igualdade.

A cerimônia contou com a presença de diversas autoridades, incluindo o presidente Lula e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além de magistrados do Supremo Tribunal Federal. A participação de figuras tão proeminentes sublinha a importância do evento para a justiça eleitoral brasileira, reforçando o compromisso das instituições com a integridade do processo eleitoral.

A posse de Cármen Lúcia ocorre em um momento crítico, em que a justiça eleitoral enfrenta desafios significativos devido à proliferação de desinformação e discursos de ódio nas redes sociais. A nova presidente do TSE destacou que a verdade e a informação séria são as armas mais eficazes contra a mentira, sinalizando que sua gestão será marcada por um combate rigoroso à desinformação e pela defesa da integridade eleitoral.

A jornalista Eliane Cantanhêde, em artigo para o Estadão, comentou a transição de comando no TSE: “Sai a audácia de Alexandre de Moraes e entra a cautela de Cármen Lúcia, mas a presidência do TSE continua numa batalha contra as fake news e a inteligência artificial nas eleições municipais de outubro, que passa a incômoda sensação de guerra perdida. Além de o Congresso não ajudar, leis e regras não são suficientes mesmo. A guerra político-eleitoral, que já não é ética nem moral, muitas vezes se torna insana na reta final”.


A cerimônia, marcada pela simplicidade, refletiu a seriedade com que Cármen Lúcia pretende conduzir sua gestão no TSE, reforçando o compromisso com a justiça e a transparência nas eleições.

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