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Em 2023, apesar de Vitória (ES), Curitiba (PR), São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ) terem estabelecido novos registros de temperatura, nenhuma outra capital conseguiu superar os índices registrados pela cidade mais quente do Brasil, famosa por sua confiança de ser capaz de “fritar ovos na calçada”.

Com recorde de 44,2°C, Cuiabá (MT) segue como a capital com o maior índice de temperatura do país. Isso porque os cuiabanos têm vivido dias com os termômetros acima dos 40°C e com umidade do ar mínima que pode chegar a 20%. Capital de Mato Grosso, Cuiabá foi fundada após o avanço dos bandeirantes paulistas, entre 1673 e 1682. Mas só depois da Guerra do Paraguai é que o município voltou a crescer, com a produção de cana-de-açúcar e extrativismo.

O clima da cidade é tropical e úmido, mas a capital mato-grossense passa boa parte do ano convivendo com massas de ar seco que estacionam sobre a região central do Brasil. A temperatura média no município gira em torno dos 26 °C, mas nos meses mais quentes é frequente os termômetros superarem os 40 °C.

Para além dos efeitos naturais e geográficos, Cuiabá passou a sofrer com as ilhas de calor. De acordo com uma pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), a alta densidade de construções e a ausência de áreas verdes no centro são um dos principais fatores que contribuem para o surgimento desses bolsões de calor.

Segundo o estudo, o fenômeno pode aumentar a temperatura no centro de Cuiabá em mais de 10ºC, quando comparado a regiões mais afastadas — O centro de Cuiabá é uma grande área continuamente edificada e com poucos espaços verdes. Esse alto adensamento de áreas edificadas promove um efeito bola-de-neve na concentração do calor urbano e é o que observamos ali — explicou o pesquisador responsável, Hugo Ferreira, em publicação da universidade.

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