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O cenário político europeu segue em reconfiguração com uma série de eleições decisivas em países-chave da União Europeia. Em Portugal, a coalizão de centro-direita liderada pelo primeiro-ministro Luís Montenegro, da Aliança Democrática (AD), venceu as eleições parlamentares com cerca de 32% dos votos, garantindo 98 das 230 cadeiras do Parlamento. O bloco, que reúne o Partido Social Democrata (PSD) e o CDS-Partido Popular, avançou 18 assentos em relação à composição anterior, mas ainda precisará negociar alianças para alcançar a maioria parlamentar.

A disputa foi marcada por um empate técnico entre o tradicional Partido Socialista (PS) e o partido de ultradireita Chega, ambos com cerca de 20% dos votos. O Chega obteve uma expressiva ascensão, passando de 49 para 58 cadeiras, enquanto os socialistas sofreram uma dura derrota, perdendo 20 assentos. Ainda há expectativa de mudança no quadro com a contagem dos votos no exterior, que pode consolidar o PS em terceiro lugar.

Montenegro, que enfrentou questionamentos sobre a integridade de sua gestão e convocou novas eleições após perder um voto de confiança, manteve-se firme na campanha contra alianças com o Chega. O premiê defendeu propostas como redução de impostos, controle da imigração e combate à crise imobiliária, negando irregularidades relacionadas à empresa de sua família.

Enquanto isso, na Romênia, o centrista e pró-União Europeia Nicusor Dan foi eleito presidente com 54% dos votos no segundo turno, vencendo o nacionalista George Simion, que não reconheceu o resultado e alegou fraude. A eleição foi acompanhada com atenção internacional devido às suspeitas de interferência russa no primeiro turno, anulado em novembro. A vitória de Dan representa uma vitória significativa para os setores moderados e europeístas do país.

Na Polônia, o embate entre forças pró-Europa e nacionalistas também avança para o segundo turno, marcado para 1º de junho. O atual prefeito de Varsóvia e aliado do primeiro-ministro Donald Tusk, Rafal Trzaskowski, liderou o primeiro turno com 30,8% dos votos, seguido de perto pelo nacionalista Karol Nawrocki, com 29,1%. A eleição é considerada crucial para o futuro da agenda liberal do governo, com temas como aborto e direitos LGBTQIA+ em destaque na polarizada campanha presidencial.

Esses pleitos refletem um momento de redefinição política no continente, com o fortalecimento da direita, o crescimento da extrema direita e a resistência de setores progressistas pró-UE em meio a tensões sociais e geopolíticas crescentes.

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