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A análise do parecer sobre a cassação do mandato de Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) poderá ser postergada para depois das eleições municipais, prevista para a próxima semana na Câmara dos Deputados. A decisão, que pode ser adiada devido ao calendário eleitoral e ao esvaziamento do Congresso, está sendo monitorada com atenção tanto pelos integrantes do Conselho de Ética quanto pelos advogados do deputado.

Preso desde março, Brazão é investigado como um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco. O processo de cassação, iniciado em abril, corre o risco de não ser concluído antes do fim das eleições, já que o trâmite só será finalizado após votação em plenário. Adicionalmente, uma possível solicitação de vista na próxima quarta-feira (28) pode atrasar ainda mais o julgamento, jogando a votação do relatório para o final de setembro, durante outro período de esforço concentrado na Câmara.

A defesa de Brazão vê o adiamento como uma oportunidade estratégica. Os advogados já solicitaram que, em vez da cassação, seja aplicada uma suspensão do mandato por seis meses. Durante esse período, esperam um veredito favorável do Supremo Tribunal Federal (STF), o que poderia beneficiar o parlamentar.

Enquanto o processo se arrasta, os advogados criticam os trabalhos do Conselho de Ética, alegando que as principais testemunhas não foram ouvidas e que o julgamento está se baseando apenas na delação de Ronnie Lessa, o ex-policial que apontou os mandantes do crime.

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