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Salvador será palco, em novembro, da estreia do projeto cultural “Baía Profunda”, uma iniciativa que reúne música, debates e intercâmbio artístico entre Brasil, África e Europa. Sob a liderança do cantor, compositor e pesquisador Mateus Aleluia, o projeto propõe uma profunda reflexão sobre a Bahia como ponto de encontro entre culturas, ancestralidades e trajetórias históricas.

“Não é a Bahia com H, a Bahia Estado, que foi designado pelos homens. É a Baía acidente geográfico. É a Baía do choque, das placas tectônicas. É a Baía de todos os Santos, é a Baía profunda”, destaca Aleluia, reforçando a proposta simbólica e espiritual do evento.

Com abertura nos dias 7 e 8 de novembro, no Espaço Cultural da Barroquinha e na Concha Acústica do Teatro Castro Alves (TCA), a programação contará com mesas-redondas, shows e a assinatura de protocolos de cooperação cultural, consolidando a proposta de intercâmbio internacional. Nomes como o pensador indígena Ailton Krenak e o escritor angolano Ondjaki participam das discussões, que visam ampliar o entendimento sobre cultura, identidade e pertencimento.

Um dos pontos altos será o espetáculo “Baía Profunda”, que leva o mesmo nome do projeto e reúne a Orquestra Afrosinfônica com convidados especiais, promovendo um diálogo musical entre tradições e sonoridades de diferentes continentes.

“A intenção é mobilizar diversos agentes culturais e promover um espaço inclusivo, valorizando o entendimento da cultura brasileira, baiana, como uma cultura naturalmente inclusiva”, afirma Tenille Bezerra, diretora artística e coordenadora executiva do projeto.

Os ingressos estão disponíveis pelo Sympla e na bilheteria do TCA, com a opção de lote solidário, cujos recursos arrecadados serão destinados ao Instituto Mãos Amigas, reafirmando o compromisso social do evento.

Realizado pelas produtoras Talismã Arte e Cultura e Sanzala Cultural, “Baía Profunda” conta com patrocínio do Programa de Isenção Fiscal Viva Cultura, da Prefeitura de Salvador, da Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz), da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult) e da Fundação Gregório de Mattos (FGM). O projeto também recebe apoio do Teatro Castro Alves, da Fundação Cultural do Estado da Bahia e da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia.

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