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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que Israel aceitou um plano de paz para a Faixa de Gaza, proposto pela Casa Branca, que exige a libertação de todos os reféns — vivos e mortos — mantidos pelo Hamas, além da rendição incondicional do grupo que controla o enclave palestino desde 2007 e é responsável pelos ataques em 7 de outubro de 2023, que deixaram cerca de 1,2 mil mortos.

Segundo a proposta apresentada, os combates seriam encerrados imediatamente após a libertação dos 20 reféns ainda vivos e a entrega dos corpos dos 28 mortos a Israel. O plano determina que o Hamas deponha suas armas e que Gaza se torne uma zona desmilitarizada.

O documento, que não foi previamente submetido ao Hamas, estabelece ainda a criação de um comitê independente — provisoriamente chamado de “Comitê da Paz” — para administrar a Faixa de Gaza no pós‑conflito, excluindo qualquer participação da Autoridade Palestina. Esse comitê teria Trump como presidente e o ex‑primeiro‑ministro britânico Tony Blair como diretor‑executivo para gerir a reconstrução e administração local.

Em pronunciamento conjunto na Casa Branca, Trump e o primeiro‑ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmaram que, se o Hamas não aceitar o plano, os EUA apoiarão novas ações militares de Israel sobre o enclave. Netanyahu foi enfático: caso a proposta seja rejeitada, Israel “acabará o serviço sozinho”.

O plano recebeu recepção favorável de alguns líderes internacionais: o presidente francês Emmanuel Macron elogiou a iniciativa, e o primeiro-ministro britânico Keir Starmer manifestou apoio. Apesar de não estar incluída na proposta para governança futura de Gaza, a Autoridade Palestina também manifestou posicionamento favorável. Países árabes, como Jordânia, Arábia Saudita, Egito, Catar e Emirados Árabes Unidos, também declararam apoio ao plano.

Para muitos analistas do Oriente Médio, porém, o plano soa mais como ultimato do que proposta negociada: o Hamas foi colocado à disposição entre aceitar os termos ou sofrer consequências. O grupo disse que “está estudando” a proposta, mas não definiu prazo ou formato para responder. Em Gaza, as reações foram diversas: alguns moradores veem a proposta como armadilha para expulsá‑los de suas terras, enquanto outros manifestaram esperança de que a guerra possa finalmente terminar.

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