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A Refinaria de Mataripe, em São Francisco do Conde (BA), encerrou o primeiro trimestre de 2025 com um feito notável: mais de 90% de taxa de utilização, além de recordes históricos na produção de diesel S10 e querosene de aviação (QAV). Sob gestão da Acelen, empresa ligada ao fundo árabe Mubadala Capital, a unidade se firma como um dos principais polos energéticos do Brasil, com expressiva representatividade: 14% da capacidade nacional de refino, 41% do total do Nordeste e nada menos que 80% do que é refinado na Bahia.

Prestes a completar 75 anos de operação em 2025, a segunda maior refinaria do país passa por uma verdadeira transformação desde sua aquisição em 2021. A nova gestão já investiu mais de R$ 3 bilhões em modernização tecnológica, com foco em segurança, eficiência energética e gestão ambiental. Os resultados vêm sendo traduzidos em redução de custos, ganhos operacionais e maior competitividade regional.

Avanços Ambientais e Energia Limpa

Os números ambientais refletem a nova fase da refinaria. Segundo a Acelen, houve:

  • Queda de 60% nas emissões de gases do flare (sistema de queima de resíduos gasosos),

  • Redução de 17% no consumo de energia em comparação com 2021,

  • Corte de 20% no uso de água.

Para dimensionar, a energia economizada seria capaz de abastecer uma cidade de 2,37 milhões de pessoas, e a água poupada equivale ao consumo de 49 mil habitantes.

Como parte da estratégia de transição energética, está em construção um parque solar em João Dourado, no semiárido baiano. O projeto, orçado em R$ 530 milhões, terá capacidade de 161 megawatts, com 230 mil módulos solares, e deve abastecer integralmente a demanda elétrica da refinaria, além de gerar mais de 500 empregos durante sua implantação.

Impacto Social e Reconhecimento Nacional

Além dos avanços tecnológicos, a Refinaria de Mataripe também se destaca pelo impacto social. Desde 2022, foram R$ 12 milhões investidos em 14 projetos sociais e de capacitação, como:

  • Cursos gratuitos no centro Acelen Acender,

  • Mutirões de saúde da pele para pescadores e marisqueiras,

  • Projetos ambientais como o Recife das Pinaúnas e Corais da Baía.

Também foram criados Conselhos Comunitários Consultivos em cinco municípios da região, com participação de 83 representantes locais, fortalecendo o diálogo com as comunidades.

Esse conjunto de ações rendeu reconhecimento: a Acelen foi premiada na 15ª edição do Prêmio FIEB por iniciativas como o Acelera Pesca e conquistou o selo Aterro Zero, um marco no setor industrial baiano.

“Conectada com o futuro”

Para Celso Ferreira, vice-presidente executivo de Operações da Acelen, o momento é de transformação profunda:

“Desde sua fundação, em 1951, a Refinaria de Mataripe impulsiona a industrialização da Bahia. Hoje, sob gestão da Acelen, é uma planta moderna, segura e conectada com o futuro, mantendo um vínculo forte com as comunidades do entorno”, afirmou.

O desempenho da refinaria reforça não apenas o papel estratégico da Bahia na matriz energética nacional, mas também sinaliza um modelo possível de desenvolvimento industrial com responsabilidade ambiental e social, tema central para a COP-30, que será realizada em novembro em Belém (PA).

Com 75 anos de história, a Refinaria de Mataripe mostra que o futuro da energia pode — e deve — ser construído a partir de inovação, inclusão e compromisso com o meio ambiente.

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