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Em uma reviravolta diplomática, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na noite de ontem uma declaração conjunta do G7 em apoio ao direito de defesa de Israel e classificou o Irã como a “principal fonte de instabilidade e terror” no Oriente Médio. A decisão foi tomada após dias de silêncio e de um posicionamento inicial contrário ao texto.

A tensão entre Israel e Irã entrou nesta terça-feira (17) em seu quinto dia de conflito aberto, com o assassinato do major-general Ali Shadmani, recém-empossado comandante das Forças Armadas iranianas, durante um bombardeio israelense. Ele substituía Gholam Ali Rashid, morto no ataque inicial da ofensiva. Ainda nesta manhã, o Irã respondeu com o lançamento de ao menos 30 mísseis contra cidades israelenses, com explosões registradas em Tel Aviv e Jerusalém, resultando em feridos leves.

Pouco antes de deixar antecipadamente a cúpula do G7 no Canadá — onde deveria discutir a guerra entre Rússia e Ucrânia —, Trump postou em sua rede Truth Social uma mensagem alarmante: “Todos devem evacuar Teerã imediatamente”, reafirmando que não permitirá que o Irã obtenha armas nucleares.

Diante da ofensiva militar e do isolamento internacional crescente, o Irã anunciou que considera deixar o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), do qual é signatário desde 1970. Caso concretize a saída, será o segundo país a abandonar formalmente o pacto, seguindo os passos da Coreia do Norte. Israel, Índia e Paquistão nunca ratificaram o tratado, mas possuem armamentos nucleares, embora Tel Aviv nunca tenha admitido oficialmente.

Apesar da retórica agressiva, fontes diplomáticas citadas pelo Wall Street Journal revelaram que o Irã busca canais indiretos de diálogo com Israel e EUA, usando países do Golfo, como o Catar, como mediadores. O gesto é visto como uma possível tentativa de conter a escalada e preservar alguma margem para negociação.

Enquanto isso, cenas de caos tomam conta de Teerã, com centenas de milhares de pessoas tentando fugir da capital iraniana após os alertas de Trump e os bombardeios israelenses. Ainda não há manifestações populares contra o regime, mas cresce a dúvida sobre até quando os aiatolás conseguirão conter a instabilidade interna diante da pressão militar externa e dos danos à infraestrutura civil e militar.

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