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Morte de universitária de 19 anos em ação policial provoca protesto e paralisa trânsito na Engomadeira, em Salvador

A morte da estudante universitária Luíza Silva dos Santos de Jesus, de 19 anos, durante uma ação da Polícia Militar no bairro da Engomadeira, em Salvador, gerou revolta e mobilizou moradores para um protesto na tarde deste domingo (13). Indignados, manifestantes bloquearam a Estrada das Barreiras, atravessando ônibus e ateando fogo em objetos na pista, o que paralisou completamente o tráfego na região do Cabula.

Luíza, que cursava o terceiro semestre de Estética e Cosmética em uma faculdade particular de Lauro de Freitas, foi baleada na barriga por volta das 16h40, na localidade conhecida como Baixa da Nanã. Segundo relatos de familiares, ela havia acabado de voltar da casa de uma amiga, para quem tinha levado uma marmita, e estava a caminho de casa quando foi atingida.

“Eles chegaram atirando e não havia nada que justificasse os disparos. O bairro estava tranquilo”, disse um parente à reportagem do Correio. A jovem chegou a ser socorrida pela própria polícia, mas não resistiu aos ferimentos.


Versão da PM e reação da comunidade

Em nota oficial, a Polícia Militar lamentou a morte da jovem e afirmou que policiais da 23ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) teriam reagido a um ataque armado no local. “Diante da injusta agressão, os policiais reagiram e os suspeitos conseguiram evadir do local. Durante a varredura subsequente à troca de tiros, uma mulher foi encontrada ferida ao solo. A equipe policial prestou imediato socorro à vítima, que foi conduzida para atendimento médico, mas, infelizmente, evoluiu a óbito”, disse a corporação.

A comunidade, no entanto, contesta a versão. Moradores afirmam que não houve confronto armado na área no momento da ação e classificam a operação como injustificável e violenta. A manifestação seguiu até o início da noite, quando a via foi liberada com a atuação de equipes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.


Investigação

A morte de Luíza será investigada pela Polícia Civil da Bahia, que deve analisar as circunstâncias da operação e ouvir testemunhas. O caso reacende o debate sobre a letalidade policial e a atuação das forças de segurança em bairros periféricos da capital baiana.

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