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Em uma recente entrevista ao New York Times, John Kelly, ex-chefe de gabinete de Donald Trump na Casa Branca entre 2017 e 2019, fez declarações contundentes sobre o ex-presidente, afirmando que ele se encaixa “na definição de fascista”. A duas semanas das eleições, suas observações se somam a um crescente coro de advertências de ex-assessores sobre como Trump poderia governar caso retorne ao poder.

Kelly foi claro ao afirmar que Trump “governaria como um ditador se fosse permitido” e que ele não tem “nenhuma compreensão da Constituição ou do conceito de Estado de direito”. Essas declarações ressoaram fortemente no cenário político, especialmente entre os democratas. A vice-presidente Kamala Harris comentou que Trump está “cada vez mais desequilibrado e instável”, questionando sua aptidão para o cargo. “Sabemos o que Donald Trump quer. Ele quer poder irrestrito”, enfatizou.

O estrategista político James Carville também se manifestou, apontando que o Partido Republicano está em uma sequência de derrotas, o que pode ser um fator crucial para a possível derrota de Trump. Carville observou que os democratas têm se destacado em eleições especiais desde que decisões da Suprema Corte, influenciadas por indicados de Trump, revogaram direitos fundamentais, como o direito ao aborto. “Adivinhe? O aborto está na cédula novamente — para presidente”, disse.

Nate Silver, analista de dados e fundador do site FiveThirtyEight, acrescentou uma perspectiva cautelosa, destacando que, em uma eleição onde os sete estados-campos de batalha estão com margens muito apertadas, prever um resultado claro é desafiador. “50-50 é a única previsão responsável”, afirmou. Contudo, ele compartilhou seu instinto, que aponta para Trump como um candidato forte.

As observações de Kelly e os comentários de figuras proeminentes, como Harris e Carville, refletem uma crescente preocupação sobre o futuro da democracia americana e o impacto que um potencial segundo mandato de Trump poderia ter sobre as instituições e valores fundamentais do país.

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