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Mais de 500 anos após sua morte, o gênio renascentista Leonardo da Vinci (1452-1519) se torna o centro de uma disputa entre o governo italiano e a fábrica alemã de quebra-cabeças Ravensburger. O motivo? O icônico Homem Vitruviano, pintado pelo mestre em torno de 1490 para representar as proporções ideais do corpo masculino. Essa obra, considerada uma das imagens mais emblemáticas do Renascimento, é utilizada em camisetas, estampas, cadernos e até mesmo em um quebra-cabeças de mil peças fabricado pela Ravensburger.

 

A controvérsia surge de uma lei italiana de 2004, que permite que museus do país cobrem pelo uso comercial das obras de seu acervo. A Gallerie dell’Accademia, em Veneza, onde o desenho está exposto, busca agora receber uma taxa de licenciamento pelo uso do Homem Vitruviano. Entretanto, a empresa alemã argumenta que essa cobrança viola uma lei da União Europeia que garante o uso de obras em domínio público.

Essa batalha legal lança luz sobre questões complexas de propriedade intelectual e direitos autorais no mundo da arte. Enquanto a Itália busca proteger e lucrar com o legado de Da Vinci, a Ravensburger se apoia nos princípios da legislação europeia. Enquanto a disputa se desenrola, o Homem Vitruviano permanece como um símbolo não apenas da genialidade de Da Vinci, mas também das complicações contemporâneas em torno da preservação e utilização de obras de arte historicamente significativas.

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